Google Wave: O que é que correu mal?

Google Wave

Não se compreende o que poderá ter corrido mal com o Google Wave. Finalmente quando o produto está estável e pronto para ser utilizado pelas massas não há ninguém (ou há muito poucas pessoas) interessado em utilizar o Google Wave. De novo paradigma que iria substituir o email a projecto pronto a fechar o que é que aconteceu?

Logo quando recebi o meu convite para o Wave disse que o Google Wave só poderia ter sucesso se conseguisse integrar o serviço de email de forma transparente. Ou seja, quando um Wave fosse criado para interagir com alguém que não fosse utilizador wave, teria que degradar graciosamente para um cliente de email normal (eventualmente com algumas features próprias do Wave para a parte com conta). Tal não aconteceu. Para além do mais as contas do Google Wave requerem um login novo e não uma conta gmail. Algo que só por si torna absurdo o conceito. O Google Wave deveria ser uma espécie de plataforma Alternativa ao Gmail normal. Aliás deveria ser possível abrir waves no Gmail e emails no Wave… Sem diferenças!

Por outro lado, aquando da euforia, as features disponíveis no Google Wave eram ainda limitadas e era preciso tirar um curso para perceber como adicionar alguns widgets. Entretanto o Elan com os utilizadores esmoreceu e apesar de agora haver muitas mais features incorporadas no produto, já não há egajamento com os utilizadores pelo que vejo o futuro do Wave muito negro, a menos que o google lhe dê uma reviravolta.

E que reviravolta é essa? Penso que, como já disse atrás, é preciso colocar o Wave no Gmail. Colocá-lo lá como se colocou o Buzz, mas com a parte das privacidade resolvida. É preciso tornar o Gmail colaborativo e o Wave tem o potencial. Apesar de utilizar o gmail, normalmente utilizo um cliente nativo que descarrega por POP3 ou IMAP. Com o Wave no Gmail passaria certamente a utilizar o gmail no browser. Faz todo o sentido que assim seja. Poder ser que não seja possível por razões de segurança ou de infraestrutura, mas se o Google não o conseguir então também não sei quem conseguirá.