Driving Cars or Letting them Drive You. How? TL;DR

Google Self-Driving Car

People should, very much, be concerned. There are a lot of questions we should be asking about self-driving cars (Will they be privately or publicly owned? Both? Will nonautonomous vehicles be banned? When? How will we secure them from hacking and viruses and malware and plain old-fashioned bugs? How can we preserve our location privacy? How will they operate in disaster and evacuation scenarios? How will they be insured? And purely in terms of Google, if it isn’t getting into the manufacturing business, and given that it doesn’t operate purely altruistically, how does it intend to turn a profit off of this highly expensive research project it has embarked on? What will it track? What will it monitor? What will it do inside those cute little cars?), because autonomous vehicles will become a pervasive technology and we should always interrogate things that will transform our society before, rather than after, the fact. Mat Honan at BuzzFeed

This is a long story — but good read — about the self-driving car and its possible adoption by society. Right now the self-driving car is just a lab experiment. A pet project that is increasingly becoming big. IT WILL BE the next big thing. But it will be THROUGH a SLOW revolution, one that grows on us slowly because while the technology is “almost” there (and almost might be a long distance away), society isn’t. What we’ll probably see is a generational transformation, where slowly technology will trickle down from these projects and will be adopted by everyday cars (that by then will be very futuristic!).

É o fim do Google Reader a capitulação do Google?

Esta vai ser longa, preparem-se

Google Reade Cancelled

Ontem, depois da copiosa derrota do Vitor Pereira na Champions, começaram a cair tweets sobre o anúncio do Google de que no dia 1 de Julho irá fechar o Google Reader. Fiquei pasmado. É normal que o google faça algumas limpezas de Primavera, mas normalmente o que acontece é serem aplicações Beta, ou features que se encontram duplicadas no ecossistema Google e onde as alternativas são melhores. Agora em relação ao Google Reader duvido que tal seja a situação. O Google argumenta que o produto tem vindo a perder utilizadores, mas desconfio que o número não é tão marginal assim. Para além disso não há uma alternativa credível.

Mas deixem-me ponderar aqui um alternativa especulativa. O RSS não interessa mais ao Google. As últimas tendências mostram que as companhias querem controlar cada vez mais a forma como os conteúdos são mostrados/consumidos aos/pelos utilizadores.

  • O Twitter por exemplo, está a limitar as aplicações externas e as próprias estão a ser terminadas. O Tweetdeck vai desaparecer para se focar só nas aplicações próprias. Não é que o HTML e CSS vão ser exclusivos do Browser, até porque a aplicação oficial do Twitter utiliza HTML e CSS, mas agora o Twitter controla a forma como os conteúdos são consumidos (e monetizados). Para além disso vejam o que o Twitter fez os links de RSS na pagina dos utilizadores! Conseguem encontrar? Desapareceram.

  • O Facebook sempre foi conhecido por ser um silo fechado de conteúdos, que só podem ser consumidos da forma que o Facebook pretende (e monetiza e forma máxima). RSS? O que é isso?

  • O Firefox eliminou já há bastante tempo o ícone de RSS que aparecia na barra de endereço e que permitia subscrever o feed. E trocou-o por um sub menu escondido e mais difícil de encontrar.

  • A Apple nunca gostou de mostrar o conteúdo do RSS original aos utilizadores optando por um leitor próprio no Safari que mostrava conteúdos parciais.

  • Parecemos estar perante uma certa aversão a formas diferentes de distribuição de conteúdos. Um tique muito característico da industria do papel e do vinil. Basta ver a defesa do Tim Berners-Lee pela inclusão de DRM no HTML5 (mais um que capitulou).

O que levará estas companhias a não gostar do RSS, quando são os publishers a publicá-los?

A verdade é que os RSS não são monetizaveis, o Google tentou por exemplo colocar publicidade adsense nos RSS mas quem experimentou verificou que o número de cliques era diminuto. E sem cliques o Google não ganha dinheiro.

Mais recentemente o Google meteu-se em processos na Europa por parte das editoras de jornais que argumentam que o Google deve pagar pelos excertos das notícias que publica nos resultados de pesquisa e no Google News. E o pior é que nessas batalhas o Google perdeu (ou chegou a um acordo extra judicial), abrindo um precedente para outras situações.

Penso que esta decisão do Google de acabar com o Google Reader poderá ser uma antecipação a uma possível mudança das lutas sobre distribuição de conteúdos para o da monetizaçao que o o google faz no Reader (lembrem-se que o Reader tem publicidade) e da qual os editores não vêem cheta.

A meu ver isto não passa por falta de utilizadores, mas antes por uma decisão estratégica de fugir a um modelo de internet aberta e interconectada e passar a um modelo de silos de conteúdo onde os providers mais do que quererem passar a informação, querem garantir que controlam a forma, o quando e o quanto recebem por esses conteúdos.

As consequências imediatas

Há uma máxima na internet que diz, se não controlas o alojamento dos conteúdos estás lixado, podes é não sabê-lo ainda. Infelizmente no caso do Google Reader isto mostra-me que não posso mais confiar nos serviços que o Google disponibiliza(va). E são vários:

  • Gmail

  • Greader

  • Calendar

  • Google Docs

  • FeedBurner

  • Picasa

  • G+

  • Blogger

Assim para já o importante é migrar do Google Reader. Provavelmente vou regressar a um leitor de RSS tipo NetNewsWire ou Vienna

O primeiro passo é exportar o ficheiro OPML. Isto é algo que antigamente era fácil de fazer mas que agora o Google decidiu também encobrir através do seu Google Takeout. Ora agora o que se consegue é um ficheiro XML com as subscrições que o Vienna importa facilmente. Para além disso o Download do Takeout também inclui ficheiros JSON dos subscritores, followers, das notas, dos shared etc, mas penso que isto servirá apenas para os mais geeks. O utilizador comum do Google Reader precisa apenas do ficheiro subscriptions.xml

Conclusão

O que será que o Google vai fechar a seguir, por ser pouco lucrativo, ter poucos utilizadores ou só porque é Primavera e andar com uns óculos (monóculo) pirosos é que é fixe?

Eu vou começar a reduzir a minha dependência do Google para coisas self-hosted. A mais difícil é o email, porque é uma chatice, o GReader vai para o Vienna (para já). O Picasa e o G+ são irrelevantes e são substituídos pelo Flickr e Twitter. O Blogger também é simples. Já há algum tempo que estou tentado a migrar os meus blogs para jekyll e por isso parece-me que esta será a altura. O Google Docs vai ser substituído por uma pasta própria na minha Dropbox. Azar Google. O Calendar pode ser substituído por Remember the Milk e o que me falta pensar é o que fazer em relação ao Feedburner… mas não é problemático.

O Google decidiu capitular da Web e dar um tiro no pé com o fim do Google Reader. Quem quiser que se meta na frente da bala. Os outros respondam com os vossos pés, pateiem e abandonem esta sala de Operetas.