As eleições americanas

Não tenho acompanhado muito as eleições americanas, mas tenho uma coisa a dizer:

Não ligo aos republicanos, honestamente não me interessam, não quero saber deles, apenas quero que percam as eleições porque já não há pachorra para os aturar mais a sua guerra contra o mundo, o inteligent design, e os complots com Israel. Não há pachorra.

Por isso vamos falar dos democratas. No campo democrático não escondo que inicialmente a minha preferência caia para o lado da Hillary Clinton. Porquê? Talvez por causa de uma história mais longa a encher-nos os ouvidos, mas também por ser mulher, por pensar que teria de alguma forma a possibilidade de ser original na governação dos EUA.

Para além disso sempre que ouvia os defensores da candidatura do Barack Obama não gostava. E continuo a não gostar. Principalmente porque quem fala dele e da sua campanha fala dele como se ele fosse a pessoa certa, coisa que eu não acredito. Não há pessoas certas, apenas pessoas mais apropriadas a dado momento. Gabar-se de ser a melhor, mesmo por terceiros enervava-me.

Ultimamente tenho ouvido alguns discursos do Barack Obama e honestamente tem conseguido mudar a opinião precipitada que formei por terceiros. Continuo a não gostar da forma como os seus apoiantes falam deles, mas é um problema da forma como as campanhas são conduzidas nos EUA. Procura-se tentar passar / vender um candidato e não realmente mostrar as suas opiniões. Contudo, ouvindo directamente o que ele diz, tenho que reconhecer que mudei de opinião e neste momento tenho mais simpatia por Barack Obama do que por Hillary Clinton.

Mas o que é que isto interessa? Não sou americano, não vivo nos EUA, e muito dificilmente viverei lá… Acontece apenas que por vezes uma pessoa muda de opinião e é muito bom ser capaz de chegar à frente e dizê-lo.