O ataque da MediaDefender à Revision3

Na segunda feira passada a Revision3, um dos novos sites de sucesso na produção de conteúdo e distribuição de vídeo da internet foi atacado pela MediaDefender, uma empresa que se especializou em tácticas de destruição de sites de Bittorrent e P2P utilizando técnicas ilegais. O CEO da Revision3 fez uma descrição do que se passou durante a segunda feira passada no blog da companhia e ao que parece para além de terem lançado um ataque de Denial of Service (DoS) também utilizavam os servidores da Revision3 para “plantar” torrents falsos.

As duas actividades são consideradas CRIME pela lei americana e quando o mesmo é praticado por particulares normalmente a coisa acaba em cadeia, uma vez que é crime federal e não há como lhe escapar. Agora à MediaDefender, que já teve clientes como a Sony, MPAA e RIAA (todos defensores acérrimos da morte ao P2P…), o que lhe vai acontecer? Desconfio que provavelmente muito pouco.

Feira do Livro, afinal há!

Segundo a notícia do Público a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) consegui resolver os imbróglios com o aspecto das tascas e marcou a data de abertura da feira do livro.

Assim a partir do próximo sábado e até 15 de Junho é altura ir ao fundo da carteira e comprar com preços de feira. Uma boa notícia sem dúvida.

Qual é o futuro do Mobile Networking?

[blip.tv ?posts_id=906824&dest=-1]

Uns canadianos juntaram-se para beber uns canecos e discutir o assunto. A parte mais interessante é naturalmente a confirmação de que o Social Mobile Networking vai ter que mudar radicalmente o panorama móvel actual. Vale a pena ver.

A Kiss in Space

Foto de DR

         That the picture
      in The Times is a blur
   is itself an accuracy. Where
this has happened is so remote
   that clarity would misrepresent
not only distance but our feeling
   about distance: just as
the first listeners at the telephone
   were somehow reassured to hear
static that interfered with hearing
   (funny word, static, that conveys
the atom's restlessness), we're
   not even now--at the far end
of the century--entirely ready
   to look to satellites for mere

         resolution. When the Mir
      invited the first American
   astronaut to swim in the pool
of knowledge with the Russians, he floated
   exactly as he would have in space
stations of our own: no lane
   to stay in, no line to determine
the deep end, Norman Thagard
   hovered on the ceiling something
like an angel in a painting
   (but done without the hard
outlines of Botticelli; more
   like a seraph's sonogram),
and turned to Yelena Kondakova
   as his cheek received her kiss.

         And in this
      too the blur made sense: a kiss
   so grave but gravity-free, untouched
by Eros but nevertheless
   out of the usual orbit, must
make a heart shift focus. The very
   grounding in culture (they gave him bread
and salt, as Grandmother would a guest
   at her dacha; and hung the Stars
and Stripes in a stiff crumple
   because it would not fall), the very
Russianness of the bear hugs was
   dizzily universal: for who
knows how to signal anything
   new without a ritual?

         Not the kitchen-table
      reader (child of the Cold War,
   of 3x5 cards, carbon copies,
and the manila folder), who takes a pair
   of scissors--as we do when the size
of some idea surprises--and clips
   this one into a rectangle
much like her piece of toast. There:
   it's saved, to think of later.
Yet it would be unfair
   to leave her looking smug; barely
a teenager when she watched, on
   her snowy TV screen, a man
seeming to walk on the moon, she's
   learned that some detail--

         Virtual Reality or e-mail,
      something inexplicable and
   unnatural--is always cropping up
for incorporation in what's human.
   What ought to make it manageable,
   and doesn't quite, is the thought
of humans devising it. She'll
   remember Norman Thagard in June,
when the Mir (meaning Peace: but how
   imagine this without agitation?)
docks with the Atlantis (meaning
   the island Plato mentioned first
and which, like him, did not disappear
   without a splash), to shuttle
the traveler back home--or

         to whatever Earth has become.

Mary Jo Salter

A Ilha dos Amores

Mesmo depois de 500 anos passados sobre as descobertas, este continua a ser um país de Velhos do Restelo. Continuam muitos a acreditar que a imutabilidade das coisas é sinónimo de perfeição, que as aventuras e a novidade não devem ser coisa nacional. Ficam ali sentados nos seus bancos de jardins, apoiados em cajados que já mal aguentam as suas pobres carcaças, dizem mal e lamentam-se do nosso triste fado… Não mudam e ficam qual estátuas de granito empedernido a repetir a palavra do velho do poeta. Como a original tinha mais arte, mais vale ouví-la em vez, porque ouvindo-a, se ganha a força e o engenho para continuar a embarcar em caravelas e a enfrentar perigos inimagináveis. Os velhos… os velhos ficam em Lisboa… ou no Porto… ou em Lama de Ouriço. E falam, falam, falam… deixai-os falar, ninguém os ouve… Lá pelas bandas do canto nono encontram a recompensa os aventureiros…

52 De longe a Ilha viram fresca e bela, Que Vénus pelas ondas lha levava (Bem como o vento leva branca vela) Para onde a forte armada se enxergava; Que, por que não passassem, sem que nela Tomassem porto, como desejava, Para onde as naus navegam a movia A Acidália, que tudo enfim podia.(…)59 Abre a romã, mostrando a rubicunda Cor, com que tu, rubi, teu preço perdes; Entre os braços do ulmeiro está a jocunda Vide, com uns cachos roxos e outros verdes; E vós, se na vossa árvore fecunda, Peras piramidais, viver quiserdes, Entregai-vos ao dano, que, com os bicos, Em vós fazem os pássaros inicos.

in “Os Lusíadas” de Luís de Camões

Caro presidente da junta

Senhor presidente da junta,

Não o conheço pessoalmente mas parece-me que deve ser um bocado otário (está dito). Então o senhor presidente da junta decide aldrabar o estado apostando em combustíveis alternativos em vez combustíveis fósseis? Não sabe que essas tretas do ecologismo e aquecimento global foram inventadas por uns tipos que estão lá na assembleia, são 2, não sabem o que é um fato, e fartam-se de fazer barulho?

É verdade que há na Europa alguns países que acham que essa coisa pode no futuro salvar o planeta do cataclismo e até fazem energia a partir de bosta de alce e usam uns cata-vento para fazer electricidade. E por causa desses sacanas, nós cá fomos obrigados a fazer de conta que também somos modernos e desatamos a plantar cata-ventos! Mas o senhor sabe que isto é assunto do governo apenas. Temos aqui uns ministros que tem umas empresas que tratam dessas coisas ecológicas. É que nós não podemos andar a dar subsídios a quem não for nosso amigo, não é? O presidente tem que compreender…

Quanto ao seu caso, claro que o amigo vai ter que pagar a multa. O ministro da tutela não recebeu o cabaz de natal da sua junta e por isso é natural que mande fechar essa chafarica. Já viu se agora todos os presidentes da junta começassem a melhorar o estado do país? A qualidade de vida das pessoas (O diabo não ouça isto)? Já viu para onde íamos? Qualquer dia até pensavam em derrubar este governo. E nós não podemos permitir isso, pois não?

Caro amigo, por isso considere lá a sua posição. Nós estamos cá uns para os outros. Olhe, fazemos assim,vá lá comprar uns bidões de gasóleo para os seus camiões, esqueça essa parvoíce do dar 5 litros de biodiesel aos naturais da Ericeira, e passe aqui na sede do partido com uns chouriços e uns pasteis que a gente resolve a sua situação para tentar evitar que o amigo faça mais asneiras como a que apareceu nos jornais.

Um abraço José.