Eleições: Em quem vais votar no domingo?

Este artigo não é o artigo típico que os leitores do Sixhat Pirate Parts costumam encontrar aqui e se não está minimamente interessado em política então peço que dispense esta leitura e volte dentro de momentos.

Não sou de Lisboa, embora viva em Lisboa desde 1992, mas continuo a votar na minha terra, Viana do Castelo. Assim, é com algum distanciamento natural que vi a campanha eleitoral para a câmara da capital. Contudo não pude deixar de pensar no assunto, afinal vivo cá.

As eleições de Lisboa surgiram do nada e de repente pareceram ser a coisa mais extraordinária do país (a seguir às gaffes do nosso PM). Mas olhando para os candidatos o que vemos?

Pelo que percebi são 12, tal como os apóstolos. Ora acontece que entre as habituais promessas, pedidos de maiorias e propostas avulsas, a meu ver, nenhum, repito NENHUM candidato parece ter perfil ou carisma para gerir esta cidade.

Assim, se tivesse que votar em Lisboa o que faria? Eis as minhas regras simples:

  1. Os partidos políticos estão pela hora da morte. Ninguém acredita neles e todos achamos serem infelizmente um mal necessário. Assim, não votaria em candidatos apoiados por partidos políticos.
  2. Entre os que não fossem apoiados pelos partidos políticos, não votaria aqueles que tivessem aparecido mais de 10 vezes na televisão nos últimos 12 meses.
  3. Se ainda restasse alguém faria um sorteio e aquele que saísse do saco preto seria o meu eleito para o meu voto. Afinal no estado em que Lisboa está não queremos um candidato sem sorte.

Este algoritmo de selecção parece-me que seria sem dúvida um exemplo da verdadeira democracia: Os partidos levavam uma lição para talvez reflectirem, os vaidosos teriam que comprar espelhos, os candidatos pequenos trariam sangue novo e talvez em conjunto as suas ideias isoladas pudessem fazer um pacote interessante para a cidade. Para além disso sabiam que o processo que os levara à câmara se poderia virar contra eles nas eleições seguintes e portanto teriam que tentar fazer um trabalho melhor que o habitual sofrível.

Por fim, o cidadão ficava na mesma, sabendo que teria que arranjar um portefólio novo de anedotas para contar. Ou seja, gerava inovação.