Google começa a fazer indexação de conteudos flash!

Num artigo no blog oficial do google, anunciaram que o Google tem já um sistema que lhe permite ler os conteúdos de ficheiros swf, nomeadamente os pedaços de texto que existam, e os respectivos links.

Embora quem desenvolvesse sites em flash muitas vezes ignorasse que os motores de busca ignoravam os conteúdos dos ficheiros flash, a verdade é que agora o sistema entra no reino da fantasia. Tudo por duas razões muito simples, quando a coisa era só HTML+Javascript, aquilo que o Google lia, todos os outros podiam ler também, podia-se aprender com o as melhores práticas e fazer crescer os nossos sites.

Agora, se o google indexar conteúdos que só eles podem decifrar, vamos estar perante uma situação em que os “amigos do google” poderão colocar dentro do contentor flash indicações “especiais” para os motores do google. E ninguém mais vai poder olhar para os conteúdos e dizer “é assim que devo fazer” ou “as melhores práticas da industria são estas”.

O que o google está a fazer indo indexar os ficheiros flash é tentar resolver artificialmente um problema que devia ser resolvido no fonte, junto da Adobe. Atendendo ao peso que o Google tem no mercado da pesquisa online, isto pode ser muito perigoso principalmente porque pode beneficiar alguns, criando uma elite que em nada é democrática.

Posso estar enganado. Que os bits e bytes futuros me enganem, para bem de todos nós… e da internet. Mas eu honestamente cada vez gosto menos do papel que o Google assume no panorama internacional.

Os números e falta de crítica!

A Mozilla no lançamento do Firefox 3, tentou um golpe de publicidade tentando bater um record do número de downloads de um software durante as primeiras 24h.

Antes, ninguém tinha feito algo semelhante e portanto o feito do Firefox será único até que outros o tentem.

Mas o mais estranho é que ouvi alguns “pseudo críticos” patetas vir a terreiro tentar aproveitar a boleia do Firefox para falar de outros softwares, tentando menosprezar o feito do Firefox. Passo a explicar:

O Firefox 3 consegui mais de 8 milhões de downloads no primeiro dia. Um feito notável para um software que tem que concorrer com o monopólio do Internet Explorer.

Uma das críticas que surgiram tentando tirar o valor a este feito foi que o Flash da Adobe tem 12 milhões de downloads todos os dias.

Isto atirado assim, parece colocar mal o Firefox. Afinal se um simples plugin consegue ter mais 50% de downloads diários em média do que o Firefox?

Mas o mais curioso destas afirmações é que normalmente não são confirmadas. São atiradas para a Web para atirar poeira e ninguém pensa um bocadinho nelas, quanto mais verificar os números.

Mas pensem assim, a Gartner estima que actualmente existem 1000 milhões de computadores pessoais no planeta. Se o Flash está a fazer 12 milhões por dia… 12 * 365 = 4380 milhões de downloads anuais. Ou seja… cada um dos computadores existentes está a instalar 4,3 vezes por ano o flash. Todos! 4,3 vezes por ano!

Isto serve de exemplo apenas. Mas a verdade é que os exemplos de falta de visão crítica são abundantes e podem dar uma visão errada de um feito ou acontecimento. O Firefox 3 com os seus 8 milhões em 24 horas é efectivamente um feito fantástico. Não há forma de o negar. A tentativa de tentar retirar dividendos para outros softwares é patético. Cabe a quem lê dar-lhe o crédito que merecem: O caixote do lixo.

E já agora, já fez download do Firefox 3?

Flash para o iPhone Confirmado

Depois das ameaças do Steve Jobs, a Adobe diz que vai desenvolver uma versão do Flash para o iPhone. Mas curioso é que não vai ser algo desenvolvido em pareceria com a Apple e integrado no OS X do iPhone (e iPod Touch) via uma licença, mas antes será distribuído como qualquer outra aplicação da futura App Store do iPhone.

Ora aqui coloca-se uma questão. A Apple não vai poder impedir a Adobe de colocar esta aplicação na loja sem chatear os seus clientes. E se deixar entrar o Flash como uma aplicação na App Store, não terá razão para impedir a Sun de fazer o mesmo com o Java, e já agora um Silverlight ou o AIR? E com isto vai começar a ser possível desenvolver aplicações que não irão precisar da App Store… Não serão Cocoa nativas… mas se calhar há muito developer que não está para aprender Cocoa e gostava de ter uma aplicação em Java a correr no iPhone. Digo eu!

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