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Um tribunal Californiano ordenou que o site WikiLeaks dedicado a fugas de informação anónimas fosse desligado fazendo estalar a controvérsia. Mas não foi só isto. O WikiLeaks, que é um site dos mesmos fundadores do PirateBay, passou pelas passas do Algarve.

Primeiro, um fogo no datacenter onde está alojado colocou offline o site durante Sábado. Para além disso, momentos antes do fogo, o site foi alvo de um ataque de 500Mbps de DDoS (Distributed Denial of Service).

E para finalizar um banco Suíço meteu uma providência cautelar num tribunal da Califórnia depois de umas centenas de documentos terem surgido relatando as actividades do banco em actividades Off-Shore.

O Tribunal ordenou à Dynadot, empresa registrar do site, para remover todos os traços possíveis do site dos seus servidores e obrigou a que o domínio wikileaks.org deixasse de resolver para o IP (http://88.80.13.160/wiki/Wikileaks) e fosse para a página de Park.

Contudo, os autores do site, precavendo-se contra a possibilidade de ficar sem o domínio, criaram ao longo do tempo uma rede de domínios que permitem continuar a aceder ao site. Assim, se tiver uma informação quente que quiser passar para o público, pode continuar a fazê-lo nomeadamente através de wikileaks.be.

Ora, vamos ao que interessa. Censura. Poderia o tribunal americano fazer o que fez? Não sei, não conheço a lei americana, mas pelo que li a medida pode ser anti-constitucional. Segundo. O tribunal não ouviu os donos do site, limitando-se a informá-los por email com algumas horas de antecedência, o que impediu a sua presença no tribunal. Terceiro, isto tudo está a parecer uma trapalhada e um complôt mas pior é que esta medida é mais uma das muitas que ultimamente se tem vindo a tomar para tentar controlar a internet e que mais uma vez merecem a reprovação e o olhar crítico sério sobre o que se vai passando no mundo sob o risco de um destes dias “valer tudo” e os direitos de informação mais básicos serem cerceados por processos “político-administrativos”.